Redes sociais são associações de pessoas, grupos de interação e convívio característicos de cada ambiente e realidade social.
Com a massificação da internet e, em especial, com a explosão do fenômeno Facebook, as redes sociais incorporaram seus elementos sociais e culturais, aliando-se ao contexto de pós-modernidade vivido nos dias atuais.
Como bem-define Zygmunt Bauman, sociólogo contemporâneo, é o “mundo líquido”.
“Diferentemente da sociedade moderna anterior, que chamo de “modernidade sólida”, que também tratava sempre de desmontar a realidade herdada, a de agora não o faz com uma perspectiva de longa duração, com a intenção de torná-la melhor e novamente sólida. Tudo está agora sendo permanentemente desmontado, mas sem perspectiva de alguma permanência. Tudo é temporário. É por isso que sugeri a metáfora da “liquidez” para caracterizar o estado da sociedade moderna: como os líquidos, ela se caracteriza pela incapacidade de manter a forma. Nossas instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar em costumes, hábitos e verdades “autoevidentes”. Eles (os jovens) não podem mais contar, como a antiga geração, com a natureza permanente do mundo lá fora, com a durabilidade das instituições que tinham antes toda a probabilidade de sobreviver aos indivíduos”, afirmou Bauman em uma entrevista.
Contidas nessa “liquidez”, as redes sociais espelham o modo como muitos jovens se relacionam atualmente: a banda ou o cantor preferido, o grupo de dança, o time de futebol, os amigos da sala de aula, a turma que vai a festas junta etc.
O advento da internet e a massificação das mídias sociais lançam um desafio aos educadores: educar – com matrizes sólidas, milenares e científicas – alunos imersos em outro mundo.
Nós, os educadores, protagonistas da educação, procuramos desenvolver uma estratégia de “convertê-las” ao projeto pedagógico que preconiza nossa ação docente.
Será que as redes sociais mais ajudam ou atrapalham o aprendizado? Há autores que apontam um dilema vivido nas escolas atualmente, pois somos a única geração na qual os alunos são proficientes em tecnologia e os professores não.
Assim, surge um conflito no sistema educacional: ele é concebido e implementado pelos chamados “imigrantes digitais” para ensinar “nativos digitais”, como define o renomado professor estadunidense Marc Prensky.
O desafio para os educadores é promover um amálgama de saberes tradicionais (“legado”) com novos saberes (“futuro”) por meio das novas tecnologias, que devem se inserir em um projeto pedagógico, no sentido de a avalanche de informações colaborar para a construção do conhecimento.
Isso com os mesmos passos que se estabelecem nas chamadas mídias tradicionais (papel, lápis, giz, lousa etc.).
Sou um entusiasta do uso da tecnologia em sala de aula e percebo o envolvimento e a animação dos alunos.
Creio que o uso do Twitter, Facebook, Tumblr e outras redes sociais proporcionam a oportunidade de desafiar os jovens, criando uma nova matriz “líquida” do aprendizado, mais condizente com suas necessidades e demandas.
Mas o ponto-chave, a meu ver, é o de atingi-los nos sentidos, isto é, promover uma cultura de tolerância, solidariedade, respeito mútuo, cidadania, autonomia e protagonismo social.
Assim, podemos unir os conteúdos ministrados no cotidiano escolar com assuntos e temas da contemporaneidade ao compartilhar vídeos, enigmas, curiosidades e as últimas notícias em tempo real e elucidar fenômenos, por exemplo.
O objetivo dessa abordagem é colaborar para que os alunos se tornem cidadãos críticos, capazes de julgar, pensar, filtrar informações e construir argumentos fundados na capacidade de decifrar tudo o que os cerca, compreendendo os diversos eventos que impactam nosso mundo atual.
Sem dúvida, as redes sociais ajudam no cotidiano escolar.
Com o advento da internet e das redes sociais, nossas aulas deixam de estar restritas ao horário e tempo físico e acabam se tornando espaços atemporais e virtuais de aprendizado, nos quais há uma construção permanente do conhecimento.
Há anos, às vésperas de alguma prova, alguns alunos, invariavelmente os desavisados, distraídos ou relapsos, perguntavam: “Magrão, o que vai cair na prova?”
Hoje, esse perfil de aluno continua a frequentar nossas escolas, mas a pergunta mudou para: “Magrão, qual é o horário de sua twitcam? Estou cheio de dúvidas e quero estudar contigo, facilita muito!”
Passou o tempo, mas as pessoas e as redes sociais só mudaram de estado.
Vivemos na fluidez, em períodos desafiadores, num tempo de incertezas e novos desafios.
Claudio Paris (Prof. Magrão)
4 comentários:
Oi querida, vim agradecer sua linda visitinha. Seu blog tá nota 1000. bjos
Oi Anynha minha flor!
Estava com saudades de você, passei para agradecer a visita e te dá um beijinho.
Vou levar o seu link, porque o meu mural deu um probleminha e tô recuperando os links novamente.
xauzinho.
Amiga, passando para te oferecer um selinho mágico.
Passa lá no blog tá?
Beijos.
Olá Ana, adorei seu retorno....
Sua postagem é maravilhosa!!!
Traga meu novo selo de aprovação
(pegar na aba ofereço), vc merece!!!
http://orientarpedagogos.blogspot.com.br/
Mil bjs
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